GAYA: A GRANDE MÃE, SENHORA DA
TERRA, VIDA QUE DÁ VIDA.
Praticamente
todas as grandes tradições da antiguidade continham o conceito de que existe um
grande organismo (consciência, Gaya) feminino
regendo a vida da Terra.
Todos
os cultos da fertilidade e do renascimento da natureza, da vegetação, na
primavera, eram voltados para esse arquétipo universalizado que doava (continua
doando, sem limites) e sustentava
a vida, regulando e alimentando todos os processos vitais do
planeta.
No
terceiro quarto do século XX, a ciência passou a estudar com interesse e
seriedade a hipótese da Terra ser um organismo vivo, consciente e
auto-regulável. A adoção de modelos biológicos para entender o planeta, em
substituição aos modelos mecanicistas e termodinâmicos, foi um gigantesco passo
para a reintegração do homem com a natureza.
A
entrada do terceiro milênio não é apenas um marco cronológico. É a possível
passagem para um novo ciclo de consciência da humanidade, mais próximo da noção
com a unicidade da vida. A Hipótese Gaya é
uma tese científica elaborada pelo químico inglês James Lovelock, em 1972,
formulando a teoria de que a Terra é um organismo vivo, inteligente,
consciente, integrado e interativo.
Essa hipótese foi
fortalecida pelos trabalhos da bióloga norte-americana Lynn Margullis, no campo
da microbiologia, comprovando a dinâmica dos organismos biológicos em resposta a diferentes tipos de ação
humana, sempre para manter um equilíbrio entre os diversos sistemas
de vida do planeta.
A
Hipótese Gaya adicionada às
teorias holísticas, à nova física quântica, à física relativista, às teorias de
campo unificado e às recentes descobertas da Teoria das Supercordas caracteriza
uma nova maneira de se perceber a realidade.
Essa
nova visão do mundo abre, pela primeira vez, um fosso entre o mundo que vemos através dos
sentidos e o mundo revelado pela nova ciência, o que evidencia a idéia oriental de Maya, significando que o mundo que percebemos é uma ilusão. A
realidade em si mesma é muito diferente do que aparenta ser para os sentidos
humanos.
Uma
parede, aparentemente sólida, é na realidade uma nuvem de elétrons em
movimento próximo a velocidade da luz, havendo tanto espaço entre os átomos
constituintes dessa parede, que poderia se dizer que a parede, na verdade, é um
vasto espaço vazio, com uma aparência de solidez causada pelo movimento das
partículas. Da mesma forma, o planeta Terra concebido como o organismo Gaya é um fluxo efervescente de movimentos e
mudanças constantes, sempre buscando a harmonia e o
equilíbrio, compensando as perdas de energia.
A hipótese Gaya tem esse nome por resgatar um antigo conceito da deusa-mãe,
proveniente das antigas religiões pré-arianas, em que a Mãe Natureza era
personificada através dos nomes regionais de Gaya: Ísis, Hathor, Démeter, Ceres,
Freya, Kali, Athena, Ishtar, Kwan Yin, etc.
Praticamente
todas as grandes tradições da antiguidade continham o conceito de que existe um
grande organismo (consciência, Gaya) feminino
regendo a vida da Terra. Todos os cultos da fertilidade e da vegetação
eram voltados para esse arquétipo universalizado que doava e
sustentava a vida,
regulando e alimentando todos os processos vitais do planeta.
Os
homens (e as mulheres) da antiguidade tinham uma clara noção de que Gaya era responsável pelos ciclos da natureza, de cuja harmonia e equilíbrio os homens (a
humanidade) dependem para sobreviver. Eles sabiam que a natureza (Gaya) era
generosa, porém reativa, e que
reagiria com fúria avassaladora para manter seu equilíbrio vital, caso esse equilíbrio natural fosse
perturbado.
A
natureza É naturalmente abundante, a escassez e a carência foram criadas pela
ignorância e o egoísmo da humanidade. Por isso, Gaya era
concebida no Egito como a generosa e consoladora Ísis, mas também como a
terrível e destruidora deusa leoa Seckmet. Da mesma forma, os hindus
percebiam Gaya como a
nutridora mãe Kali, mas também como a terrível Durga, a deusa da morte com seu
colar de crânios humanos. Essas alegorias significam que Gaya rege os processos de criação, nutrição e também
de destruição das formas, quando há desequilíbrio.
Gaya, a deusa-mãe
da Natureza, representa a personificação dos processos vitais
que mantêm a vida no planeta Terra, estando esses processos relacionados também
à reciclagem das formas de vida, com reaproveitamento de todos os resíduos para
a reconstrução de novas formas. A deusa Ísis do Egito, a grande Mãe doadora da vida e o poder por trás do trono do Faraó.
Para
interagir de forma correta com esse grande organismo, o homem precisa se
perceber como parte integrante de seus processos vitais. Poderíamos dizer que a
humanidade constitui (ou deveria constituir) os “neurônios pensantes” do
planeta, responsáveis pela construção de sua psicoesfera. Homens (e
mulheres) com mentes desequilibradas só podem criar campos mentais
desequilibrados, tanto em suas auras individuais, quanto na aura coletiva do
planeta.
Esses
desequilíbrios vão provocando agressões e desarmonias na natureza, até o ponto
em que Gaya reage para eliminar
a fonte de agressões e restabelecer o equilíbrio. O homem, em sua arrogância, imagina que pode, com sua tecnologia,
livrar-se dos ritmos da natureza ou dominá-los.Com
isso, vai apenas acumulando desequilíbrios e tensões, que explodirão através de
cataclismos ou conflitos sociais (como já esta acontecendo).
Essas tensões
chegaram a tamanho nível de acumulação, que os sistemas vitais do planeta estão
todos sob ameaças decorrentes de nosso tipo de sociedade insustentável e
altamente predadora. No
estágio em que chegamos, não há escolha: ou o homem aprende a pensar em termos
holísticos, restabelecendo sua harmonia com a vida deste organismo global,
chamado planeta Terra ou esta sociedade será varrida da face da Terra pela
fúria d e Gaya (esse processo de limpeza já começou e é irreversível).
Gaya, a Grande Mãe Terra/Natureza já esta em
franco processo de sua busca por equilíbrio e a humanidade cada vez mais
sentirá a sua FÚRIA através das catástrofes necessárias para a sua limpeza,
culminando com a mudança do campo eletromagnético e dos pólos norte e sul do
planeta. O
fato é que a humanidade fracassou como responsável pela gestão dos recursos
vitais fornecidos por Gaya, o nosso
planeta Terra, o que nos levou a uma situação-limite, que pode inviabilizar a
vida (???) humana no planeta.
No momento, não temos escolha: Ou mudamos nosso modo de vida, ou
nossos netos (ou talvez mais cedo ainda, para os nossos filhos) terão de se mudar para outro planeta (e desse modo continuar agindo como
um predador hostil do ambiente natural).
http://thoth3126.com.br/gaia-e-o-poder-da-deusa/